AMEAÇA DE ENVENENAMENTO
4 de maio
Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim. Salmo 23:4
Durante o período em que minha esposa e eu servimos como missionária na África, em um país de extrema pobreza, onde fome, doenças e morte atingiam de forma brutal a vida da população, testemunhamos a ação direta do inimigo sobre a vida das pessoas. Durante um período de 15 dias de evangelismo, Deus permitiu que todas as noites Seu amor, cuidado e Seus planos fossem manifestados por meio de verdades bíblicas ensinadas a pessoas que, na grande maioria, eram animistas.
Entre as muitas pessoas que assistiram às reuniões, houve duas que estavam presentes todas as noites e me chamaram a atenção: uma delas era uma jovem estrangeira que não falava português. A outra, um rapaz muito solícito e bastante atento a tudo, o que ensinávamos.
Visitamos aquelas pessoas e encontramos a jovem estrangeira que estava de passagem, hospedada na casa de parentes. Quando começamos a conversar, graças à ajuda da prima que servia de intérprete, perguntei como ela conseguia entender o que era falado todas as noites se a prima não a acompanhava às reuniões. Para nossa surpresa, ela disse que não sabia explicar, mas entendia tudo que estava sendo falado desde o primeiro dia.
Visitamos também o rapaz. Assim que chegamos, ele nos informou que estava muito feliz por ter conhecido Jesus e que desejava ser batizado. Nas últimas duas noites de evangelismo, percebi que ele não estava presente e fiquei perguntando o motivo, pois ele havia tomado a decisão. Foi então que um de seus amigos relatou o que tinha acontecido. Quando o rapaz revelou à mãe sua decisão, ela, que era adoradora de espíritos, ficou com muita raiva e ameaçou envenenar sua comida, caso ele realmente fosse batizado.
No sábado pela manhã, no local escolhido para batizar os 15 candidatos, o rapaz não apareceu. Esperamos por um tempo, mas ele não chegou. Realizamos toda a cerimônia com o coração partido.
De repente, quando olho para a porta da igreja, vejo o jovem chegando com uma troca de roupa e a toalha debaixo do braço. Não sei como descrever o sentimento que tive naquele momento, saí de onde estava e fui até ele, e só consegui dizer: “Você veio!” Ele disse: “Pastor, antes eu servia aos espíritos. Agora, conheci a Jesus e O aceito como meu Salvador, mesmo que minha mãe envenene minha comida. Se precisar morrer por Cristo, morrerei.” Que maravilhosa decisão!
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